A volta ao mundo que eu dei

O cronista digital deu a volta ao mundo em 130 dias. Primeiro, viajou pelo Brasil todo. Depois, atravessou o oceano e desembarcou nos Estados Unidos. Dali, subiu ao Canadá e visitou suas geleiras.

Desceu a América novamente e foi ao México. Passou, em seguida, pelo Caribe. Foi visto em Porto Rico, no Panamá. Cumpriu um roteiro extenso por toda a América Latina. Entrou no Equador, no Chile, na Venezuela, na Bolívia, no Peru, na Argentina, no Uruguai, no Paraguai…

Lamentou não ter entrado em Cuba. Mas entendeu a falta de recepção.

Cruzou novamente o mar e passeou pela Europa. Toda a Europa. Até na Finlândia ele foi. Na Noruega, na Dinamarca, na Holanda, na França, na Alemanha, em Portugal, na Suécia, na Suíça, na Alemanha, no Reino Unido, na Grécia, na Hungria…

Foi reconhecido, inclusive, na Islândia, com sua costa dorsal mesoatlântica e seus vulcões ativos.

Foi chamado ainda à Estônia, à Letônia, à Ucrânia, à Lituânia. Temeu não ter reconhecido Adalgisa em nenhum desses lugares. Sabia que ela estava em cada país que alcançou, multiplicada, talvez à sua espera.

Também foi convocado à Turquia, escalou o mapa-múndi rumo à imensidão da Rússia. Apareceu no Oriente Médio e foi recebido no Iraque, nos Emirados Árabes Unidos, em Omã, no Qatar, no Irã. Trafegou pela Oceania, andou pela Austrália, pela Nova Zelândia, pelas Ilhas Fiji. 

Passou por Israel. Na Ásia, circulou pela China, pelo Japão, pela Tailândia, pela Indonésia. Tantos países.

Não deixou de ir nem à Nova Caledônia, a ilha que, dizem, fica no fim do mundo.

Ficou tão feliz de ter ido também à África. No continente-irmão, caminhou pela Etiópia, por Moçambique, Angola, São Tomé e Príncipe, África do Sul, Quênia, Marrocos, Congo, Líbia, Egito, Tunísia, Nigéria…

O cronista digital visitou 96 países em pouco mais de quatro meses. Neles, foi lido por cerca de 80 mil pessoas – a imensa maioria, claro, uns 90%, talvez, no Brasil mesmo. Mas teve muita leitura também, certamente de brasileiros, nessas lonjuras todas. 

É o que mostra a análise das estatísticas de acessos a seu pequeno blog neste período. Ele foi lido adiante. Foi lido além. O cronista digital – que bobagem, mas ele fica tão feliz – foi lido depois. Depois desta terra das palmeiras e das aves que gorjeiam, celebradas por Gonçalves Dias. Depois da pátria tão pobrinha, reverenciada por Vinicius de Moraes. Depois da nação das contradições merecedoras de elegias expostas por Carlos Drummond de Andrade.

Foi lido na Colômbia de Gabriel García Márquez. Na República Tcheca de Milan Kundera. Na Irlanda de Oscar Wilde e James Joyce. Na Cabo Verde de Eugénio Tavares.

Além-mar e além-terra, os dez países onde teve mais leitores foram os Estados Unidos (uns 2.000), França, Portugal, Espanha, Reino Unido (uns 300, cada um), Alemanha, Itália, Canadá, Argentina e Suíça (uns 200, cada).

Mas o cronista digital também comemora e se alegra com seus 15 leitores da Guatemala, seus cinco da Romênia,  seus 17 da Áustria, 21 da Bélgica, 51 do Uruguai, seis da Hungria, 11 da Índia, três da Eslováquia, quatro do Líbano, dois do Nepal, três de El Salvador… Fica orgulhoso até  do único leitor que conquistou em países como o Vietnã. Ou do solitário que o leu no Timor-Leste. Ou nas Ilhas Cayman. Ou ainda em Cingapura, Camboja, Armênia, Sri Lanka, Cazaquistão, Kuwait.

É muito pouco perto do que conseguem cronistas de bem mais sucesso, como, por exemplo, seu amigo Fernando Brito, com seu poderoso Tijolaço (leia aqui o superblog do Brito).

Mas, pra quem criou esta janela apenas pra se manter vivo e visível, e alimentar sua alma teimosa com a alegria boba de expor suas certezas e impressões e dúvidas, seus pensamentos muitas vezes sem valor, enfim, pra ele, isso parece muita coisa.

Este inventário particular é um “muito obrigado”. E é também um anúncio da mudança de cara e de endereço do cronista digital. Em breve, ele vai morar em marceuvieira.com. Porque esta “sala” do cronista já está meio apertada pra receber tantas visitas.

Visitas que o tem alegrado tanto.

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